O ritmo acelerado da vida moderna traz consigo diversos desafios e demandas constantes que podem levar ao aumento do estresse.
Por isso, como médica do estilo de vida saudável, focada no equilíbrio hormonal e, principalmente, na prevenção de doenças, entendo ser de suma importância abordar o estresse enquanto fator natural, porém de impacto direto na saúde quando exacerbado.
Neste artigo, vamos explorar o que realmente é o estresse, seus efeitos fisiológicos, especialmente as alterações hormonais que provoca, os tipos de estresse, o papel do cortisol, doenças ocasionadas pelo excesso de estresse, os sintomas físicos e emocionais, e, por fim, formas eficazes de reduzi-lo.
Se quiser entender mais sobre o assunto para tentar obter maior controle sobre essa condição e preservar sua saúde, essa leitura é fundamental para você!
O estresse é uma resposta fisiológica do organismo a situações desafiadoras ou ameaçadoras, que pode ser desencadeado por uma variedade de estímulos, desde uma apresentação em público ou uma reunião importante, até pressões no trabalho, problemas financeiros, conflitos interpessoais, entre outros.
Diante de quaisquer dessas situações, nosso corpo libera hormônios do estresse, como o cortisol, para nos preparar para lidar com a situação, seja fugindo ou lutando.
E será que isso é sempre ruim?
Não, esse processo que chamamos de resposta adrenal ou “resposta ao estresse” é natural e necessário para o aumento de energia e atenção que nos coloca em ação, e pode acontecer em alguns momentos de um mesmo dia, por exemplo.
Os hormônios do estresse são naturalmente produzidos pelo corpo e, em situações normais, seus níveis são mantidos de maneira equilibrada.
Quando liberados excessivamente esses hormônios, eles permanecem na corrente sanguínea e acarretam desequilíbrio. É quando estamos diante do estresse crônico.
Portanto, o estresse agudo (anteriormente explicado) é normal e até benéfico à saúde, porque o cortisol é um hormônio envolvido em inúmeras outras funções do organismo, como regulação metabólica, controle da pressão arterial, modulação da resposta inflamatória e, inclusive, regulação do sistema sono-vigília.
O estresse crônico, esse sim, é um problema que precisa ser evitado.
O estresse agudo geralmente se manifesta das seguintes formas:
Quando em condição de estresse crônico, outros vários efeitos podem ocorrer, como:
Perceba como a descarga descontrolada de hormônios do estresse e sua permanência na corrente sanguínea pode impactar em muito corpo e mente, sendo imprescindível para a boa saúde controlá-lo.
O estresse crônico pode levar ao desenvolvimento de várias doenças e condições de saúde.
Algumas das condições que o estresse pode causar incluem hipertensão arterial, doenças cardíacas, distúrbios do sono, depressão, comprometimento do sistema imunológico, síndrome do intestino irritável e distúrbios hormonais, como a disfunção da tireoide e os desequilíbrios hormonais femininos envolvendo principalmente estrogênio e progesterona.
Nos homens, há grande impacto sobre a testosterona, principal hormônio sexual masculino que também é importante nas mulheres, que pode ter sua produção significativamente reduzida podendo ocasionar impotência e redução da libido.
Em mulheres, também existem os casos de anormalidades no ciclo menstrual e problemas de fertilidade.
E outro problema importante relacionado ao excesso de estresse é a resistência insulínica e o diabetes tipo 2.
A insulina é o hormônio responsável pelo controle do açúcar no sangue e pela absorção de energia, e o estresse crônico pode bloquear a liberação desse hormônio, acarretando elevação dos níveis de glicose na corrente sanguínea, contribuindo para o diabetes.
Reduzir o estresse em nossas vidas é essencial para manter o equilíbrio hormonal saudável e prevenir doenças, especialmente as relacionadas ao estresse. Aqui estão algumas estratégias eficazes que podem ajudar:
O estresse crônico pode ter um impacto significativo em nossa saúde hormonal e bem-estar geral. É essencial reconhecer os sinais de estresse em nossas vidas e implementar estratégias eficazes de redução e controle.
E lembre-se, o acompanhamento médico é recomendado e extremamente benéfico para lidar com a questão. Busque sempre um profissional de confiança e dê preferência aos cuidados integrativos de saúde.
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Até breve!
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