21/05/2024

Disbiose intestinal: Como ela pode dificultar o emagrecimento?

Emagrecer nem sempre é uma tarefa fácil. Exige mudanças importantes na maioria dos casos.

Mas sabemos que muito além da estética, o sobrepeso pode ser muito prejudicial à saúde também. Portanto, emagrecer pode ser difícil, mas é uma dificuldade que merece ser enfrentada, porque pode nos proteger de uma série de problemas.

Contudo, existem pessoas que até conseguem fazer mudanças significativas no processo de emagrecimento, mas mesmo assim têm muita dificuldade em perder peso.

Escrevi este artigo para explicar um pouco mais sobre a nossa microbiota intestinal, as consequências do seu desequilíbrio e os impactos disso no emagrecimento. E claro, trouxe também orientações que podem melhorar a saúde intestinal e ajudar com a perda de uns quilinhos!

O que é microbiota intestinal?

A microbiota intestinal é uma população de microrganismos que habita o nosso intestino. É uma comunidade enorme! Cerca de 100 trilhões de bactérias. Para ter real dimensão, no corpo todo temos 10 trilhões de células. Ou seja, dentro de nós têm muito mais bactérias do que células.

Fato é que esses microrganismos influenciam na saúde e na doença. Este estudo aqui mostra que há uma quantidade enorme de células imunológicas dentro do sistema gastrointestinal, onde está a microbiota.

Por conta disso, é muito importante que haja equilíbrio entre bactérias boas e ruins no intestino, porque ambas têm funções importantes, principalmente de defesa.

Como ocorre a disbiose intestinal?

Em condições normais (fisiológicas), o equilíbrio da microbiota é perfeito. Mas existem fatores internos e externos, como alguns hábitos, que podem proporcionar o desequilíbrio entre a quantidade de bactérias boas e ruins, provocando o que conhecemos como disbiose intestinal.

Alimentação rica em industrializados e açúcares, uso excessivo de antibióticos, excesso de álcool, tabagismo, uso de laxantes, exposição ao estresse, toxinas ambientais, tudo isso pode facilitar o desequilíbrio patológico da microbiota.

E essa disbiose está associada a alterações no sistema imune e na barreira intestinal, e ao surgimento de doenças inflamatórias, autoimunes, síndrome metabólica, sobrepeso e obesidade.

Disbiose intestinal e emagrecimento

Principalmente em razão da influência de fatores externos, a quantidade de bactérias ruins pode superar a de bactérias boas no intestino, mas os impactos da disbiose não estão só nos números.

Essa diferença pode impactar não só na resposta imunológica, nos deixando mais suscetíveis à infecções diversas e até atacando células saudáveis do corpo, como também na absorção de nutrientes e na obtenção de energia, no metabolismo da glicose e no acúmulo de gordura.

É um ciclo vicioso! A Disbiose contribui para um monte de disfunções e esses problemas afetam a microbiota novamente, influenciando não só na quantidade mas na qualidade dos nutrientes absorvidos.

E é basicamente assim que a disbiose está fortemente relacionada à obesidade e à dificuldade de emagrecer: absorção prejudicada de nutrientes! 

Como cuidar do intestino para prevenir e tratar a disbiose?

Se o sistema imunológico se desenvolve majoritariamente no intestino, a saúde começa nele! Nunca se esqueça disso, porque toda vez que pensar nisso, vai se lembrar que tudo que entra pela boca, chega no intestino. Portanto, não poderíamos falar de saúde intestinal, microbiota equilibrada e emagrecimento sem falar de alimentação saudável.

Mais importante do que passar a usar suplementos nutricionais (que também podem não ser absorvidos por conta da disbiose), é excluir ou reduzir muito o consumo daquilo que não é saudável: principalmente industrializados, embutidos, farináceos, leite e derivados, açúcar e bebida alcoólica. Coma mais alimentos naturais como vegetais, frutas, sementes e grãos integrais. Beba mais água.

O correto é contar com ajuda médica e nutricional para adotar estratégias individualizadas, mas essas pequenas mudanças já podem ajudar muito.

Se você é fumante, busque ajuda profissional para parar de fumar. Além dos conhecidos prejuízos, o cigarro também atrapalha a absorção de nutrientes pelo organismo e pode contribuir para a resistência insulínica, provocando elevação dos níveis de glicose e acúmulo de gordura.

Outro fator que contribui muito para a disbiose é o uso indiscriminado de medicamentos, principalmente antibióticos. Quando ingeridos, eles agem tanto sobre as bactérias causadoras da infecção como sobre as bactérias boas da microbiota.

Então, o uso indiscriminado de medicamentos precisa ser abandonado, principalmente se não prescritos por um médico. E no caso de ser realmente necessário o medicamento, converse com seu médico para que ele ajude com estratégias que ajudam a minimizar os prejuízos do uso.

Além disso, a redução da exposição ao estresse e sua gestão também fazem toda a diferença na saúde intestinal. Por isso, exercícios de respiração, meditação, yoga, mindfulness, exercícios físicos regulares são estratégias valiosíssimas também.

E por último mas não menos importante, pre e probióticos são grandes aliados da saúde intestinal. Os probióticos aumentam a quantidade de bactérias boas no intestino e os prebióticos servem de alimento para bactérias boas, estimulando sua atividade. Eles estão presentes em alimentos como kefir, picles, kombucha, chucrute, maçã, cebola, alho, cereais integrais, que podem ser incluídos na dieta.

Cuide do seu intestino e forneça o melhor para a sua microbiota. Esse equilíbrio certamente pode ajudar com a perda de peso e, mais importante do que isso, com a manutenção da saúde como um todo.

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