29/06/2022

Ficar muito tempo no celular faz mal?

Não é segredo que ficar muito tempo no celular faz mal. 

Segundo um relatório lançado pela empresa de análise de mercado digital App Annie, o brasileiro possui o maior índice de uso de celular, chegando a quase cinco horas e meia, em média.

Embora o Brasil fique na liderança do ranking, ele está perto da média global de 4 horas e 48 minutos de uso diário de celular observada nos principais mercados analisados pela empresa em 2021 – o que representa um aumento de 30% no uso desde 2019.

Isso representa quase um terço do nosso tempo acordado gasto no aparelho

Levando em consideração essa quantidade, não é difícil imaginar que esse hábito pode trazer sérias consequências ao longo do tempo. 

Quer entender mais sobre essas consequências? Então, continue lendo!

Afinal, ficar muito tempo no celular faz mal?

Esse pequeno aparelho é muito presente em nossas vidas.

Inclusive, é tanto, que até foi criado um termo para a ansiedade causada pela falta do celular. 

A nomofobia, abreviação de “no mobile phone phobia”, descreve um medo de não ter seu telefone, medo este, que é tão persistente e grave a ponto de afetar a vida cotidiana.

Um estudo feito com estudantes da Universidade da Coreia, em Seul, descobriu que adolescentes dependentes de celular exibem níveis mais significativos de depressão, ansiedade, insônia e impulsividade, comparados aos que não sofrem do problema.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com depressão. No Brasil, são cerca de 12 milhões que tem sua qualidade de vida prejudicada por esse transtorno. 

Portanto, com um número tão alto de casos de transtornos psicológicos, é necessário pensarmos nos motivos que levam a esse estado para podermos, dessa maneira, transformar nossas rotinas e hábitos para melhorar a nossa qualidade de vida. 

Conheça #5 problemas que o tempo excessivo no celular pode causar

Como foi possível compreender, passar muito tempo no celular pode ser prejudicial a saúde de diversas formas.

Agora, vamos falar um pouco sobre cada uma delas.

Problema #1 – Ansiedade 

Como dito antes, o uso excessivo do celular pode ajudar a desenvolver a ansiedade.

Ao estar imerso em uma imensa rede de informações instantâneas e em um universo em que se pode ser quem quiser com toda a liberdade disponível, tem-se o aumento da secreção de dopamina, o neurotransmissor responsável pelo prazer. 

É claro que ao ser privado deste acesso constante os indivíduos apresentam irritação, angústia ou até mesmo agressividade, sintomas da antes comentada Nomofobia.

Problema #2 – Depressão

Segundo estudos, a nomofobia geralmente vem acompanhada de sintomas depressivos. 

Afinal, o indivíduo tende a se isolar no seus celulares, se afastando do convívio social até de amigos e familiares. 

Acabam por acreditar que o aparelho é a única fonte de alegria dos próprios. Os aparelhos possuem tal relevância na vida dos dependentes que estes iniciam conflitos, discussões fervorosas com parentes quando tentam alertá-los sobre o uso descontrolado dos dispositivos. 

Ao afastar-se da realidade virtual que estavam tão acostumados, podem experienciar desinteresse, falta de motivação e apatia, sintomas principais da depressão.  

Problema #3 – Problemas na postura 

Em um estudo feito por estudantes de fisioterapia da Uniamérica constatou-se que as  queixas musculoesqueléticas mais frequentemente relatadas pelos participantes foram: pescoço(49,4%), punhos e mãos (37,9%), ombros (28,7%) e região lombar (18,4%). 

Ficar muito tempo no celular pode sobrecarregar a cervical, causando desgaste para a coluna. Pode não ser notado a curto prazo, mas com certeza é um sintoma presente do uso excessivo de aparelhos telefônicos.

Problema #4 – Distúrbios do sono 

Estar em um ambiente calmo e totalmente escuro para dormir é essencial. 

Segundo os pesquisadores, a luz ambiente possui efeito significativo sobre os níveis de melatonina, o hormônio do sono, no organismo, afetando diretamente a qualidade e quantidade de sono do indivíduo, além de afetar a pressão arterial e a regulação dos níveis de glicose.

Mais um estudo, focado na saúde do sono em adultos, procurou evidências que afirmaram influências negativas do uso de celular à noite na qualidade do sono. Segundo os pesquisadores, utilizar telas neste momento prejudica que os indivíduos durmam bem, além de causar fadiga ao acordar.

Por isso, é necessário deixar de usar os aparelhos pelo menos meia hora antes de ir se deitar. 

Problema #5 – Prejuízos a visão

Segundo estudo do Instituto Federal do Ceará, os principais malefícios dos aparelhos celulares para a visão deve-se a luminosidade e brilho demasiado da tela, sendo que o efeito causado se potencializa quando o usuário mantém por longo tempo o dispositivo próximo ao rosto, o que ocorre com frequência. 

Além disso, o uso constante do celular, impossibilita o descanso da visão, forçando-a por tempo demais, causando sintomas de fadiga e cansaço.

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